*Carta ao Pai Natal.
Tinha na minha ideia como ia começar esta carta, mas hoje,
decidi começar de outra maneira.
Estou farto de pensar e não consigo encontrar uma lógica
para o que acontece... Muitas das vezes
uma pessoa pensa e não encontra um fio condutor.
Já lá vai o tempo de dizer o que penso, mas aqui vai:
Não tenho pena de mim.
Tenho pena de ti. Tenho pena por não estares presente na
minha vida. Tenho pena que não me conheças. Tenho pena por não estares aqui
para ver a pessoa que me tornei, no bom e no mau. Tenho pena por não teres
estado nos momentos felizes da minha vida. Tenho pena por não teres estado nos momentos
tristes da minha vida. Por não me teres ajudado, por não me teres criticado,
tenho pena por ti. É por isso que tenho pena de ti. É por isso também que não
estou minimamente importando contigo.
Quando em resposta, disse: digo que ele morreu. Ias mentir, portanto? Não, não ia!
Não, não digo que não me poderá custar. Mas digo que não
importa mais!
Havia algumas coisas que gostava de dizer, não eram boas,
por isso, não vale a pena. Também poderia querer dar um belo de um sopapo no “fúcinho”
(aquele enfase), mas poderia não conseguir parar, por isso, não vale a pena.
Das perguntas da mãe às conversas íntimas que surgem de
nada, é como se uma tempestade de outro tempo se tratasse. Entre campos e
praias...
É como se não existisses. Não sinto culpa. Disso não. Não
sinto tristeza. Não sinto dor. Sinto pena. Só pena. De ti!
Então porque raio estou eu a fazer isto? Porque é Natal!
Porque está quase no final do ano e eu quase flipei em Novembro.
Porque gostaria de deixar uma despedida. Bem sei que o que
escrevemos no agora quase nunca perpétua no tempo.
Mas é isso. Isto. Uma despedida.
V.
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