quinta-feira, fevereiro 28, 2013

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:sonhos ordinários:

 

Quando dou por mim estou a caminho de tua casa. Lembro-me de ter sido uma ideia pensada e ponderada, mais que muito. Vou não sei de onde. Sei que vagueei por aí uns pedacitos de tempo e acabei por ir. Vou-te comprar flores. Sei que gostas e sei que quero fazer alguma coisa que gostes, que desejes já faz tempo esse pequeno doce de minha parte. Como os teus olhos brilhavam quando te oferecia flores… Sei que brilhavam ainda mais quando te oferecia as tuas favoritas. “amor-perfeito para um amor perfeito!” dizias tu sempre que vias as flores nas minhas mãos. Brincava e dizia que as ia trocar… abraçavas-me e beijavas-me. Era quando abria os olhos que via o brilho ofuscante dos teus…

Cheguei, abri a porta e estavas de costas, quando te viras, e te vejo a caminhar para mim, sei que não és tu… o aperto cresce, aumenta até a dor ser insuportável. Cerro os olhos e faço força para não chorar, não, não fui capaz. Solto uma lágrima. Deixo cair as flores e recuo até à parede onde, quando a toco, me deixo cair até ficar sentado no chão frio. Inclino a cabeça para a esquerda e para baixo para ficar apenas a olhar o chão e não uma imagem fusca de ti. Sinto um arrepio como todas as vezes que tenho essa tua visão fusca.

 

Acordo suado e a tremer… de olhos vidrados acabo por chorar, longe do sonho, desta vez, por ti. Sempre que tenho estes sonhos sinto a tua falta… a falta que tu me fazes meu amor! Acabo por me levantar e pensar que tenho de seguir a minha vida, não estás, nunca mais vais estar. Fazes tanta falta a este mundo de nadas!

quarta-feira, fevereiro 27, 2013

.se te lhe

meto uma música qualquer que faça lembrar o inverno. algo frio, impessoal, improvável para esta altura quente do ano. não chove á meses, há demasiado tempo que nem uma gota corre das nuvens. logo nos tempos de hoje que há demasiado tudo e mais alguma coisa. o que não há e algo que quero á muito tempo. chuva. frio. e fico a ouvir a chuva imaginária a cair e a bater na janela. fico sentado na mesa da cozinha a imaginar essa chuva a bater no vidro. o vento a uivar e a maltratar as árvores que se encontram ao largo.

 

longe de casa estes anos todos e não me habituei á não chuva, ao não vento e ao tempo árido e seco. respiro fundo e largo os confins da mesa, levanto-me e penso que podia. podia mas não quero!

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“quero ver este pôr nascer do sol... e sonhar... e tu!?


faz o que te bem apetecer,
faz o que quiseres, o que te passar pela cabeça, tudo e mais tudo. O que dizes, o que sentes tudo... mas no final... quero te aqui... aqui comigo para que nos tenhamos estes momentos lindos...”

terça-feira, fevereiro 26, 2013

“Seria feliz se pudesse dormir. Esta opinião é deste momento, porque não durmo. A noite é um peso imenso por detrás do afogar-me com o cobertor mudo do que sonho. Tenho uma indigestão na alma.” B.S.

segunda-feira, fevereiro 25, 2013

.A vida... A vida é... A vida é esta merda... esta merda

mãe
eu já não sou quem era
agora tenho a minha guerra
a minha luta privada
ainda oiço a canção da lua
só já não me afasta do nada

mãe
a vida é esta merda
dela só o cheiro se herda
trocamos sonhos por qualquer porcaria
canta de novo a canção da lua
enquanto não chega o dia

domingo, fevereiro 24, 2013

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“ E tudo se transforma em pó. Poeira essa que acaba por nos entrar para os olhos e cegar, maltratar. Não queria que se transformasse em pó, não foi a minha escolha mas sim a tua. A escolha de alguém que nem nada também o queria. Vai, sê isso e vai. Porque é isso que tens de fazer, se é isso que tens de fazer mesmo que não queiras mas porque tem de ser… faz, vai. Eu resisto e e vou continuar a ficar aqui á tua espera!”

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

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“Pela noite dentro andei. Passei por alguns sítios por mim conhecidos de outras noites passeantes. Vou a ouvir a música. A música que só existe na minha cabeça e que me guia. Há vezes, paro! Paro e vejo o chão, olho-o só para saber se ele ainda lá está. Para confirmar que estou a pisar algo e que o meu corpo ainda está preso ao terreno. Vou olhando as casas, os sinais deixados pelo tempo por aí, vou sentido o frio que se faz sentir, vou olhando as árvores e ouço as corujas ou mochos. Quem sabe que “piador” pairava ou sentava por aquelas bandas!?. Continuo o meu caminho, não sei se se pode chamar caminho ao que estava a fazer. Estava apenas a andar pela noite em busca de uns minutos de “andamento”. A minha sombra a caminhar comigo assusta-me. Sinto-me perseguido e observado enquanto observo. Mas:

Com as asas de um cisne submergido,
para que as perguntas estreladas do céu
responda nosso sonho com uma só chave,
com uma só porta fechada pela sombra.

Detenho-me junto ao antigo moinho. Quantas cousas terá ele para contar… Acabo por decidir pernoitar ali, num canto daquele moinho redondo, que tantas cousas tem para contar! Vou ficar á espera que durante a noite dentro, ele me as conte…”

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

.híper_realismo

.o real: sou, quando me vejo em mim, nada. Nada é real porque nada existe. Somos fantasmas, como fantasmas, mortos-vivos que anseiam em viver, em nós habita isto sem saber que sequer habita. Essa essência tão essencial ao ser (viver), deixa-nos ao merecer das ondas e marés que por luas e chaminés são controladas. Regidas, atraiçoam-nos, enganam-nos, mentem e maltratam. Fazem-no quase de um propositado “sem-querer”. Porque? Mas para quê? Para que nós sejamos mantidos para todo um sempre, agarrados com todas as forças que pensamos que apenas temos, e para que nem por um breve segundo nos consigamos desligar desta falsa realidade que atingimos, que criamos, que criámos. Para sermos nesta breve eternidade agarrados ao engano.

O real: é que a realidade não é real. Sentidos: Não, não digo que a realidade não é. Posso estar a ser forçado a isso pela imagem, pelo espectro da criação da minha mente. Por isso não posso dizer que não. Na qualidade da minha realidade é que nem sim posso dizer! Nem muito menos que não ao não. Apenas posso questionar. Questiono o não, e o sim, e o não não e o sim não.

Os nossos sentidos não são de fiar. Não, não ficam nesta loja a dever… porque não devem. Porque em muito nos enganam esses maus pagadores que são. Eles levam-nos ao ilusório e á irrealidade do pseudo-real, levam-nos ao medo e á vergonha, á raiva. Mas são eles a nossa base para o que nada somos e pensamos que queremos ser. São neles que acabamos por confiar quando na pseudo-realidade queremos cair! Ninguém disse que era fácil ser-se. Não é fácil sentir-se e e sentir através da visão, audição ou cheiro. São estes sentidos do sentimento que nos fazem ter contacto com aquilo que achamos que é real, que é palpável. É nisto que nunca nos devemos confiar e acreditar. Estas não são mais que as bases da nossa realidade do real. Estes sentidos encantatórios são o que devemos deixar e fazer cair na descrença para que possamos, ou ver o que existe, ou o que não existe.

Quando deixarmos, então, de deixar de confiar nestes vilões que deixam as marcas na nossa visão, vamos conseguir ver a realidade… se é que ela está mesmo lá, se é que ela existe sem os nossos sentidos… Porque há dias de manhã que há noite penso que a vida “é feita de pequenos nadas” (lá diria o Sérgio"). Um desses nadas, é que:

 

Je ne suis pas une Pipe!

sábado, fevereiro 16, 2013

.questõesquemeassombram

Porque é que continuo a ter discussões idiotas quando estou bêbado?

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

.(a)caso disso

“Ás vezes ainda me lembro dela. Principalmente quando recebo um telefonema da minha ex-mulher. E doí tanto. Eu sei que à Luísa também doí. Tanto como a mim. Talvez ainda um bocadinho mais… a Luísa apenas conseguiu lidar com aquilo melhor do que eu. Sei que ela gosta de falar comigo. Ainda nos amamos. Mas o amor é complicado. Sempre me senti culpado mesmo não o sendo. Telefona-me muitas vezes ela. Não sei porque, talvez para se lembrar de outros tempos em que os três tínhamos sido felizes. Faz uns tempos que nem um sorriso, nem lágrima, nem paixão ó ódio sinto. Vejo em nós, em mim e na Luísa, vãs almas que vagueiam. Quando desligo penso sempre que ela sofreu mais que eu e que está melhor que eu. A tocar a vida numa diferente melodia. Ambos, somos melodias tristes e sem ritmo.

Sempre que vejo uma criança o aperto volta. Volta e revolta. Como a volta, desse aperto nasce a revolta de que podia ter feito mais. Muito mais. Todos podemos fazer mais. Em noites solitárias a fumar e a beber vinho culpo o destino, quando me canso culpo Deus. Depois vou culpando os Deus de todas as religiões que me vou lembrando até à minha própria exaustão. Pensar que podia ter feito mais, é isso que me corrói e destrói. Ninguém podia ter feito mais, ninguém podia ter feito melhor ou diferente porque era assim que ia acabar por acabar. 

Hoje, eu e a Luísa sabemos que fomos destruídos pelo amor que ainda sentimos.”

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

.pois

Um senhor, com uma playboy na mão, diz:

' estou farto de olhar para isto e não vejo o peço em lado nenhum!'

Ooiiiiiiiiii?