domingo, maio 26, 2013
Os que mais criticam são os que menos dão desconto I
Acontece que como em tudo existem pessoas que pensam de uma maneira e outros de outra maneira... isso é bom, bonito e bastante enriquecedor para nós próprios, seres humanos, que acabamos por nos tornarmos melhores com as diferentes opiniões que os intervenientes em diálogos que possamos ter, possam ter! Mas como reparo, e o meu grande chefe tenta incutir fazendo também o contrário que diz, que gostamos muito de colocar as culpas nos outros e desculparmo-nos das situações e dos possíveis ataques com outros ataques e com desculpas mirabolantes e que em muitas vezes nada têm a ver com aquilo que realmente temos de nos desculpar. Isto é:
Boca :"o benfica conseguiu não ganhar nada esta época!"
Resposta:"tão caralho, tas a falar porque se o Sporting ficou fora das competições europeias!"
Minha gente, esta merda não é nada mais nada menos que uma desculpa barata e defendermo-nos de um ataque com um ataque sem nada a ver com aquilo que estávamos a falar! Transpondo isto para um trabalho ou para uma situação vivacenional.
Boca: "então Zé, ano fizeste aquilo!!!"
Resposta "então o Manel também não fez!!!"
Ou seja; isto não é resposta nem defesa possível para algo que não se fez ou deixou de fazer. Realmente como me disseram há dias, "é uma questão de mentalidades!"... infelizmente a relação entre o que me disseram e como disseram é que não era muito boa. Mas isso já é outra estória... Ou será mesmo História?
Acho que isto não foi bem sobre o tema futebol!... Mas caga... vai entrar!
quinta-feira, maio 23, 2013
“As pessoas imaginam que precisamos de chegar a velhos para ficarmos sábios, mas, na verdade, à medida que os anos avançam, é difícil mantermo-nos tão sábios como éramos. De facto, o homem torna-se um ser distinto em diferentes etapas da vida. Mas ele não pode dizer que se tornou melhor, e, em alguns aspectos, é igualmente provável que ele esteja certo aos vinte ou aos sessenta. Vemos o mundo de um modo a partir da planície, de outro a partir do topo de uma escarpa, e de outro ainda dos flancos de uma cordilheira. De alguns desses pontos podemos ver uma porção maior do mundo que de outros, mas isso é tudo. Não se pode dizer que vemos de modo mais verdadeiro de um desses pontos que dos restantes.”
Johann Wolfgang von Goethe
segunda-feira, maio 20, 2013
1 - Em todo o momento de actividade mental acontece em nós um duplo fenómeno de percepção: ao mesmo tempo que tempos consciência de um estado de alma, temos diante de nós, impressionando-nos os sentidos que estão virados para o exterior, uma paisagem qualquer, entendendo por paisagem, para conveniência de frases, tudo o que forma o mundo exterior num determinado momento da nossa percepção.
2 - Todo o estado de alma é uma passagem. Isto é, todo o estado de alma é não só representável por uma paisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. Há em nós um espaço interior onde a matéria da nossa vida física se agita. Assim uma tristeza é um lago morto dentro de nós, uma alegria um dia de sol no nosso espírito. E - mesmo que se não queira admitir que todo o estado de alma é uma paisagem - pode ao menos admitir-se que todo o estado de alma se pode representar por uma paisagem. Se eu disser "Há sol nos meus pensamentos", ninguém compreenderá que os meus pensamentos são tristes.
3 - Assim, tendo nós, ao mesmo tempo, consciência do exterior e do nosso espírito, e sendo o nosso espírito uma paisagem, tempos ao mesmo tempo consciência de duas paisagens. Ora, essas paisagens fundem-se, interpenetram-se, de modo que o nosso estado de alma, seja ele qual for, sofre um pouco da paisagem que estamos vendo - num dia de sol uma alma triste não pode estar tão triste como num dia de chuva - e, também, a paisagem exterior sofre do nosso estado de alma - é de todos os tempos dizer-se, sobretudo em verso, coisas como que «na ausência da amada o sol não brilha», e outras coisas assim. De maneira que a arte que queira representar bem a realidade terá de a dar através duma representação simultânea da paisagem interior e da paisagem exterior. Resulta que terá de tentar dar uma intersecção de duas paisagens. Têm de ser duas paisagens, mas pode ser - não se querendo admitir que um estado de alma é uma paisagem - que se queira simplesmente interseccionar um estado de alma (puro e simples sentimento) com a paisagem exterior. [...]
Fernando Pessoa, in 'Cancioneiro'
sexta-feira, maio 10, 2013
É...
Os meus posts têm sido um bocado... Como diria eu, por palavras, o que sinto? Talvez Nhaúm-guialshmeg seja a palavra indicada. Eu antigamente tinha muito o hábito de muita coisa que se foi perdendo. Para o bem e para o mal... Um dos habitantes constantes do meu quotidiano ficou... A estupidez! As acusações sucedem-se e começam a fartar... As atitudes de uma pessoa que não parece ser talhada, cansa e leva ao limite. Que tal pensarmos que a culpa pode até ser nosso... Se calhar se percebesses que a culpa e tua as tuas atitudes não eram assim... Ou se calhar eram... Nunca se sabe... É isso!
sexta-feira, maio 03, 2013
preciso de estar lúcio;
Lúcio ? quem falou em Lúcio. Lúcido:
VENHA O LÚCIDO!
Amanhã vou estar lúcido!
quiçá!
A confusão das coisas:
Há dias em que falo de coisas. Apenas coisas. Quando as pessoas me ouvem pensam que estou a falar de outras coisas que não as coisas que estou a falar.
A verdade e que apenas estou a falar de coisas. Ás vezes as coisas são como as pedras.
Apenas coisas.
Apenas pedras.
Apenas coisas feitas de pedra.
Um dia ainda vou ser uma pedra!