quinta-feira, novembro 29, 2012

Estava a olhar para o relógio quando bateram as 5:00.

Vi passar das 4.59 e bater as 5. Nunca tinha percebido o que queria dizer a expressão, bater as x horas.

Hoje fiquei a perceber como era bater as horas. Antigamente devia ter sido por causa dos relógios das igrejas. Daqueles chatos que tocam a cada meia hora um toque e uma molhada deles a cada hora… e fazem músicas e tudo. Quase que podia jurar que já tinha ouvido um daqueles relógio a tocar o Back in Black dos AC/DC. Ou posso ter sonhado.

Vi passar o minuto para a hora.

Vi passar das 4.59 para as 5.00. Bateu.

bateu

bat…

b…


 

Não sei porque, mas fui me lembrar de um dia, um dia que tivemos a passear junto ao mar. Tínhamos comprado um gelado. um Daqueles de chocolate que tu gostavas. Falavas de como tinhas gostado disto e daquilo e do aqueloutro. Acho que tinha sido uma praia qualquer perto de casa. Tu estavas contente. Como eu gostava de ter ver contente. Não costumavas estar contente muitas vezes. Falavas muito. tinhas sempre imensas teorias. Como me tinha fascinado aquele sorriso de rapazinho, aquela chama que foste perdendo. Fui isso que me fascinou em ti meu rapaz homem. Estavas contente e eu fui-me lembrar desse dia que estavas contente na praia perto de casa em que te tu estavas contente. Que estavas feliz como no no inicio, bem antes do fim. Porque sim, o inicio e o fim estiveram muito perto.

 


Foi de longe que este pensamento apareceu, de outro sitio alguém pensava nisto e pensava num dia em que o rapaz tinha sido feliz. Era um pouco mais cedo do que as 5.00. Este pensamento tinha surgido a uma rapariga que estava na sua cama. Nunca sofrera de insónias, sempre conseguira dormir como um anjo… mas hoje eram 4.43 da manhã quando, do nada este pensamento lhe assombrou a memória.

Tinha acordado para ir beber água a cozinha, a água que estava em seu copo tinha acabado. A água que estava no seu copo tinha acabado, estava com calor, com sede, talvez do jantar que estava um bocadinho mais puxado do que o costume. Tinha-se levantado para ir beber água a cozinha. Tinha deixado os estores da janela da sala levantados o suficiente para ao passar ver a sala vazia. Bebeu água da torneira. Encheu o novamente o copo com água e voltou para o seu leito. Ao passar novamente pela sala iluminada parou… olhou para dentro da sala vazia e sentiu uma dor. Como se algo empurrasse o seu peito e a sua barriga para dentro. Doeu. Bebeu mais um pouco da sua água que ardeu como tudo ao descer. Não, não ardeu, apenas a dor que a atormentava fez com que o seu cérebro pensasse que tinha ardido. Voltou para a cama e deitou-se de barriga para cima, a olhar o tecto. Ficou ali a olha-lo e tentou dormir. Sabia que não ia acontecer. já não ia conseguir dormir mais essa noite… Ainda hoje, tempos passados, a rapariga não soube porque mas foi-se lembrar do dia em que se lembrava do rapaz ter estado feliz. Foi de longe que este pensamento apareceu!

 


 

Bateu agorinha as 5.58… Vi novamente abaterem as os naquele novo minuto. Vi a passagem novamente estava a olhar para lá quando era 57 e bateu, bateu as 5.58. Gosto mais das 5.58 do que das 5.57.

Deste vez  bateu com outra suavidade. Talvez pela fome que se fazia sentir pela 3 hora seguida.

Dava uma qualquer música na rádio ligada. Era uma música que não conseguia distinguir…

Pensei agora na eternidade da hora, porque se somar-mos os minutos e diminuirmos as horas da o eterno número eterno.

 


 

Penso em alguém. Não consigo perceber bem em quem, penso em situações que eu vivi com um alguém. Não consigo lembrar-me de quem. Vejo a figura, as roupas mas ela está de costas. Mas lembro-me tão bem das situações, como posso não lembrar-me da pessoa. Ela chama-me. Ouço o meu nome ao longe… estava de costas ela. Porque é que ela não se vira e me chama? Mal a consigo ouvir, o som está a ir em sentido contrário do que eu estou… Porque não te viras e me chamas? porque ela não se vira? Vira-te!! Com aquele movimento de filme, lança a cara para o sítio onde estou fazendo esvoaçar o cabelo no sentido contrário. Como me pude eu esquecer da cara dela? das feições, dos gestos. Parecia que tinha passado demasiado por mim. Parecia que me tinha deixado levar… Mas olho em redor e… estou numa memória. Estou numa daquelas memórias. Estou sentado num muro á beira da areia. Tu estavas a falar, com um telemóvel na mão. Estavas feliz. Como eu gostava de te ver feliz. Mas como nunca fomos capazes de nos fazer felizes um ao outro por muito tempo. Mas estavas feliz. Como gostava que tivesses sido mais feliz!

 


 

Olho para o relógio, são 6.11 e estou prestes a adormecer… fecho os olhos… estou deveras cansado para voltar a pensar e…

 

Podia pegar no telemóvel e mandar te uma mensagem, mas sei que não ia ter resposta… mas… o que que custa? é só uma mensagem. Verias amanha acabando por sucumbir á tentação. Como sei que não me vais responder. Não o fazes. Nunca o fizeste. Eu disse-te para não o fazeres! Mas…

Abro o menu de mensagens e escrevo. “olá, Esqueci-me do quanto certas coisas são demasiado importantes!” Continuo sem saber se carrego para enviar a mensagem se não!

o sono…

.

..

 

Mas tenho tanto sono… tenho tanto que me decidir e acabo por carregar no botão para enviar e vejo a mensagem a ir… e recebo uma mensagem nesse exacto momento em que a minha mensagem é também entregue:

 

“A paz não virá para este coração solitário… olá!”

quarta-feira, novembro 28, 2012

“I love sleep. My life has the tendency to fall apart when I'm awake, you know?”


Ernest Hemingway

terça-feira, novembro 27, 2012

from:perception:to:me

No texto de dia 19/11/2012 citei o final de um episódio de uma nova série que esta a dar. Falam dela como “uma imitação” do sherlock. Bom, acho que não o é. longe disso até. Sim, é verdade que sou um bocadinho fã desse grande detective mas não tem muito a ver a bota com a perdigota. Aquilo é uma série sobre pessoas. Uma espécie de Mentalista mas com um maluquinho… A verdade é que se aquilo não arranja um encadeamento lógico que siga a história a pouco e pouco mas com muito cada episódio vai acabar por se tornar um bocado entediante como todas as outras, como por exemplo CSI ou Bones. Não sei como podem dizer que o Dexter não tem história e isto e aquilo quando na verdade em todas as séries um episódio e a continuação do outro. Resumindo, a minha opinião é que é uma série bem conseguida, gira mas deve ter uma ou outra gafe.

 

Pegando na citação que coloquei, trata-se de uma discussão que já tive com algumas pessoas e algumas vezes, acabando por se reflectir sempre na opinião de cada um e não numa teoria base em que “o quadrado da hipotenusa é igual a soma do quadrado dos catetos” não o é… por mais que me venham com histórias e balelas, não podemos deixar de parte a parte humana, a parte que nos transforma naquilo que somos, a essência. Para mim, isso muda, isso transforma aquilo que somos, naquilo que vamos ser amanha. No fundo acho que isso é reflectido pelo amor, pela nossa capacidade de amar o próximo, por amar as coisas que fazemos e queremos. Tudo é baseado no amor. Quem diz amor, diz falta dele, porque ter falta de amor, também é ter amor. Todos nós mudamos constantemente aquilo que somos, ora porque tivemos um acidente de mota e não podemos mais fazer as coisas que mais gostamos, ou porque fomos para longe da nossa família quando mais precisamos, ou quando ela foi-nos arrancada de nós, mudamos quando perdemos um Amor, quando ganhamos outro, quando falamos com um amigo sobre o para onde vamos caminhar ou o que queremos, quando deixamos que as opiniões desse amigo nos, realmente influenciem, para melhor, ou pior… Mudamos todos os dias aquilo que somos e aquilo que queremos, as vezes, “só” basta querer. Claro que é fácil estar para aqui com esta conversa toda e não fazer realmente nada para mudar… mas sinto que mudei, muitas vezes e algumas pessoas podem pensar que não, que estou igual, que estou pior, que estou mais gordo ou coiso. Mas essas pessoas também não fazem o mínimo esforço para compreenderem certas e determinadas situações por mais que tente e volte a tentar mostrar certas coisas. Mas quem diz que as pessoas não mudam… devia olhar mais em redor. (olha, agora queria fazer um paragrafo mas isto dica muito espaçado e eu não gosto)……………………… Eu creio também que as pessoas muitas vezes mudam com situações extremas, como disse atrás, com acidentes, grandes perdas ou enormes ganhos, só que somos nós que vivemos connosco todos os dias, e as pessoas que nos estão mais próximas também estão connosco todos os dias, ou quase, por isso e normal que não notem a diferença… mas talvez, até mesmo com as conversas diárias acabamos por nos mudar.

Mudar, mudar-mo-nos, mudar a nossa opinião é humano, só prova que evoluímos e que ouvimos os outros. Claro que as vezes isto não é fácil, eu sei, eu sei que tenho uns ouvidos de pedra, só que por vezes as pessoas pensam, pensaram e pensavam que não estava a ouvir e isso não funciona bem assim!

 

A senhora professora encomendou-me um texto de mil palavras e eu acho que não cheguei lá… Chiça-penico que vou chumbar!… por falar nisso, há que estudar que amanha há “teste” de legislação… Já chega?

já chega.

Tenho a informar que não me tem apetecido muito escrever. Apesar de tudo, e apesar de todos os projectos tenho de fazer-lo mais vezes porque é algo que coloquei como meta para mim mesmo!

Explicação da Eternidade

devagar, o tempo transforma tudo em tempo. 
o ódio transforma-se em tempo, o amor 
transforma-se em tempo, a dor transforma-se 
em tempo.

os assuntos que julgámos mais profundos, 
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis, 
transformam-se devagar em tempo.

por si só, o tempo não é nada. 
a idade de nada é nada. 
a eternidade não existe. 
no entanto, a eternidade existe.

os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos. 
os instantes do teu sorriso eram eternos. 
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.

foste eterna até ao fim.

JLP, in "A Casa, a Escuridão"

sexta-feira, novembro 23, 2012

Euromilhões

pacotes-de-viagens-ilhas-maldivas-2010-2011

Se me calhasse o euromilhões, dizia assim, dezia assim, dezia assim:

 

“ÓOOOOOOOOOOO mãe, vou ali comprar uma ilha venho ja!”

quinta-feira, novembro 22, 2012

O Terror do Optimismo

A verdadeira razão por que todos nós pensamos tão bem dos outros é que todos temos medo de nós próprios. A base do optimismo é o puro terror. Julgamos que somos generosos porque atribuímos ao nosso vizinho a posse daquelas virtudes que pensamos poderem vir a beneficiar-nos. Louvamos o banqueiro para podermos exceder o nosso crédito, e encontramos bons princípios no assaltante na esperança de que nos poupe as carteiras. Acredito em tudo o que disse. Tenho o maior dos desprezos pelo optimismo.


Oscar Wilde, in "O Retrato de Dorian Gray"

segunda-feira, novembro 19, 2012

from:perception

Walt Whitman wrote,"I contain multitudes".

Turns out he was more right than he knew.

The self is really a collection of several distinct neural networks, all running on this glob of jelly between our ears.

So, if there are different versions of yourself floating around inside your skull, which one is the real you?

Are you the lead guitarist, rocking out once a week?

Or is it your 9:00-to-5:00...

That truly defines you?

Can one of those selves be a devoted spouse...

And the other a lying, thieving, out-of-control addict?

Can you long for love...

And yet still be cursed by genetics and the environment and remain the same son of a

bitch you've always been?

And even if you do change something about yourself...

Your face... Your name... Where you live...

You might feel different.

You might even be able to fool people, for a little while...

But can you ever actually change...

Who you really are?

quinta-feira, novembro 08, 2012

ora ora, hora!

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quarta-feira, novembro 07, 2012

DDA -

Adultos;

  • Frequentemente comete erros característicos de descuido quando trabalhando em projetos que não são do seu interesse ou são difíceis
  • Dificuldade em manter a atenção centrada no trabalho
  • Dificuldade em concentrar-se em conversações
  • Dificuldade em terminar projetos já iniciados
  • Dificuldade em organizar-se de forma a concluir as tarefas
  • Evita ou adia o início de projetos que requerem esforço mental
  • Frequentemente guarda em locais inapropriados ou perde coisas em casa ou no trabalho
  • Facilmente distrai-se devido a outras atividades ou ruídos
  • Dificuldade em lembrar de compromissos ou obrigações

terça-feira, novembro 06, 2012

You can always have this back
It's so hard to make joy so sad
You can always just stand back
it's a heart
That make it
Grow down on faces

segunda-feira, novembro 05, 2012

Agora quero dizer qualquer coisa do género:

 

O ALBERTO JOÂO JARDIM METE-ME NOJO. FAZ-ME QUERER SUICIDAR ALGUEM CARALHO!!!

 

posso dizer isto em horário nobre do blog? se calhar não devo poder!… Esta é a altura em que os senhores dos serviços secretos madeirenses e o Cristiano Ronaldo andam a ver os blogs em busca de alguém que diga mal do Albertinho! Atão aquele Fanático Por Carros, não diz o que quer? então eu figo isso mesmo. Alberto, irritas-me e dás me urticária nas unhas dos pés meu grandessíssimo cabrão, devias era morrer atropelado por uma manada de cabras (não sei se quer se as um ajuntamento de cabras é uma manada. Se calhar até é um rebanho ou fato)! VIVA À LIBERDADE DE EXPRESSÂO E TOMA E EMBRULHA MEU CORNUDO COM DUPLO QUEIXO! Mas agora já não está tão contente o pequeno ditador suíno, ganhar a liderança do partido por uma margem tão mínima é ridículo. O homem ter-se demitido por ter ganho por uma margem daquelas! Francamente senhor Albertino… francamente! Faça um favor á humanidade a aos ouvidos aqui do pessoal, Cale-se se faz favor! Ou como diria o “nuestro hermano” rei Juan Carlos “¿Por qué no te callas”.