“arranha um pouco e, em teu santo, irás descobrirá um pecador.”
Hoje:
Até que se pode considerar um bom dia! Percebi uma ou outra coisa na minha demanda pela iluminação… talvez tenha percebido que as coisas difíceis vem aos pares e que se não as enfrentamos nunca vamos conseguir superar. Temos muitas vezes de as superar sozinhos, sem ajuda de mais ninguém e pensar no que realmente importa para nós! Temos de dar voltas e voltas e descobrir por nós o que vamos fazer de seguida. Temos de assumir a nossa natureza humana e falível e poder dizer que eu errei… poder dizer que “a culpa não é tua! A culpa é minha porque não percebi e não lidei como deve de ser com a situação!” Poder respirar novamente e dizer que apesar de a culpa ser minha eu quero e vou continuar a cometer erros porque gosto tanto de os cometer, porque aprendo muito mais se for eu o culpado!
Amanha:
Não sei bem para onde vou ou o que vou fazer. Não sei muito bem o que dizer ou o que fazer de seguida. Sei o que quero… sei que quero terminar esse assunto em mim e mereço-me isso! Fui sufocando ao pouco com os meus problemas e com as minhas dores até ao ponto de não conseguir fugir mais e encarar nos olhos e poder dizer:
Amanhã:
A cinzas o que tem de ser queimado! Vamos queimar e deixar que as cinzas sejam estrume para a produção de batatas.
Queria poder dizer que a culpa era tua mas a minha mente já não consegue assimilar que a culpa pode ser dos outros. Já não mais. A esta hora que escrevo, já não consigo mais poder dizer que a culpa não é minha. Se apenas não consigo controlar, não controlo mas a culpa não será mais tua. Serei adulto e serei criança. Sem esperança e sem ilusões. A decisão foi demoradamente ponderada e dei-me tempo para poder aceitar e libertar o meu espírito nela! A decisão é minha, a culpa é minha e no fundo a culpa será apenas da nossa mente e de nós!
DOIS:
Trata-se tudo da educação da mente e que ela prevaleça em serenidade absoluta. Neste momento é assim que temos de seguir! É:
“as árvores abanam ao sabor do vento. bem lá longe elas são apenas pequenas silhuetas dispersas por um enorme vasto de monte. pequenos pedaços de nadas em tão longínqua e apertada imensidão. a noite cresce em volta delas tornando-as ainda mais disformes e fugidias. o sol posto noutro pequeno ponto qualquer garante à imagem um azul-esverdeado ventre de aurora. elas balançam se ao som da música mais uma e outra vez. pequenas sombras nas sombras de suas sombras fazem quem gosta da imensidão da noite um arrepio de belo. o frio de uma lareira por acender é que calhava mesmo bem para poder contemplar o espetáculo. o silêncio. silêncio!! naquele espaço onde já não havia espaços. a noite cai e o som ensurdecedor de sua queda ecoa nos demais. nos sítios adjacentes todos ouvem o tombo. esta noite, esta noite será
tambémum amanha. o ressoar acordou os mortos e deles teremos agora de tratar!”
Acordo:
Neste novo amanhecer a coisa é pessoal. É pessoal só de mim e venha a tormenta!!! VEM TORMENTA QUE NÃO TENHO MEDO DE MAIS NADA! VEM QUE EU DESTRUO-TE. QUE EU PASSO-TE A DIREITO. Ó TORMENTA QUE ME ATORMENTA HOJE IRÁS SESSAR NEM QUE TENHA DE TE ENGOLIR GOTA POR GOTA.
Por agora:
Apenas quero dizer que o 14/Dois é sòmente: adeus e boa noite nesta nossa melancolia e tristeza infinita!