quarta-feira, dezembro 11, 2019

Can we give ourselves one more chance…*


* “é só para dizer que não falo com o galinha”.

Carregamos em nós o peso do mundo, daquele que fomos e daquele que ainda somos pelo que fomos. A questão é o quanto conseguimos evoluir como aquilo que nos foi dado.

O suspiro de uma vida que nos balança entre os dedos, o passado que nos atormenta não nos deixa seguir para sermos melhores. Mas culpar o passado por algo que somos, é só continuar a apontar o dedo a alguma outra coisa que não “nós”. Ficamos assim presos a um loop gigante. Normalmente, costumo acreditar que está sempre nas nossas mãos mudar o que quer que seja. Maior parte dos dias é difícil distanciar a nossa mente viciada do contrário, a minha então têm mais vícios que um carocho agarrado.

Deparei-me recentemente com alguém do meu passado que se recusou a evoluir. Gostaria de que passados estes anos todos alguém chegasse ao pé de mim e dissesse: “estás diferente”. Pelo menos eu gostaria disso… Ao fazer cair o meu olhar desta forma volto aos mesmos vícios de sempre… fazer juízos de valor é tão fácil quando estamos a olhar para a pele de outro ser.

Agora, alguém que continua a não entender o que é o perdão, que não percebe que tem de deixar passar para ser alguém melhor. As atitudes de uma criança que não consegue perceber que as pessoas que fizeram parte da nossa vida cometeram erros, que pagam por eles. Pagamos sempre pelos nossos erros. As mesmas atitudes de sempre não deixaram essa pessoa evoluir. Claro que todos temos os nossos feitios, mas caramba… eu mais que ninguém não devia fazer esses juízos. Devia abster-me destes juízos… confesso que estou a apontar o dedo, mas não com a tentativa de apenas julgar, mas sim como a pena de ver alguém que devia e podia ser tao melhor sucumbir à falência de empatia, simpatia e cordialidade. A verdadeira questão é sabermos lidar com os outros da melhor forma, adaptarmo-nos e crescer a cada dia que passa.

Deixei de falar com essa pessoa por iniciativa própria. Bem sei que ela vai dizer que foi ela que deixou de falar comigo e na realidade, foi. Apenas não falo com uma pessoa por iniciativa própria, e Hoje, depois de ter cometido o erro de ter virado a cara para o lado a uma pessoa e que mais tarde muito me arrependi, não voltarei a fazê-lo. Faz-me sentir mais evoluído e melhor ao não renunciar nem os meus erros nem o que penso ser os erros dos outros. Está em nós o perdão e a capacidade de mudar a nossa visão das coisas. Claro que é uma tentativa diária de fazer as coisas como têm de ser feitas. Na maior parte das vezes vemos as pessoas com os defeitos que têm num determinado momento, costumamos dizer que “és isto…” “ou és aquilo…”. Apesar de ser muito difícil para mim a mudança, eu acredito nela, acredito piamente que as pessoas, se o querem, que conseguem mudar. Se assim não o fosse, qual era o objetivo da vida? Nada… era só ser exatamente como era ontem e replicar para o hoje e para o amanhã. Assim devia ser fácil. Até acredito que algumas pessoas consigam esse feito e talvez até sejam muito mais felizes, mas… que se lixe isso.

Talvez deva largar só com juízos de valor e começar a ser mais empático. Se calhar a pessoa está bem e recomenda-se e apenas eu que não consigo aceitar o facto de essa pessoa ser como é, e as suas atitudes ridículas serem perfeitamente normais para ela. Se calhar estou a exagerar por causa de conversas no what’s app e por coisas que me foram chegando aos ouvidos quando ainda pensava que podia ser possível ter algum tipo de afinidade com tal pessoa. Claro que eu precisei de cometer erros de sair de grupos no what’s app para poder agora dizer: que parvoíce! No fim… só queríamos fazer um jantar, mas como seria possível alguém ir a um jantar quando só interessa é mandar bocas aos outros. Vou ali tentar entender e volto já…


Não se olvidem!
X|II

sexta-feira, dezembro 06, 2019

levante de uma coisa que não sei se é possível

Se vamos fazer isto mais vale fazê-lo como deve ser:

Ao longo dos anos fui deixando de parte a minha vertente do Macaco. Não escrevo bem, escrevo o que sinto. Com o passar dos tempos fui perdendo parte de mim, parte de sentir que podia deixar-me sentir.

Primeiro gostava de expressar o meu pesar por ter passado tanto tempo sem escrever. Tenho os meus cadernos e “tal”, mas o meu Macaco perdeu-se. Perdeu-se para um sítio que devia há muito estar mas que sempre lutei para que permanecesse junto a mim. Talvez por isso fui deixando ficar… à espera que um dia ele voltasse a ser meu. Sim, perdi o Macaco para as florestas onde a Jane andou. Para longe… sim, o Macaco deixou de ser meu. Em boa verdade, talvez nunca o tenha sido, mas agora foi só mais duro. Deixei cair do pano e as três pancadas iniciais ficaram longe de voltar a bater no chão de madeira. 

Talvez devesse pedir desculpa. Mais uma vez… no fundo sempre fui o máximo a arranjar desculpas. Agora parece que cada vez que falo de alguma coisa tenho a necessidade de pedir desculpa. Parece que há sempre alguma coisa de errado a acontecer e eu sinto-me culpado. 

Mas o estar a escrever novamente é um motivo para pensar que posso recuperar a minha autoestima e que o posso fazer sem pisar ninguém, sem ser o bruto e idiota do costume. É uma aprendizagem diária para combater os vícios que a minha mente criou em anos de existência. 

Para finalizar, não te deixarei morrer símio. O nosso Macaco não vai morrer… vai sobrevier a tudo e a todos e por mais que se perca nas selvas deste mundo, acabará por ressurgir, talvez, quem sabe, como homem… um dia.
Desculpa 

Parece que, no final acaba tudo bem..., mas se não está tudo bem então ainda não é o final e como alguém me disse em tempos,

Deixa-te ser! 

X|II

sexta-feira, setembro 13, 2019

Ano 1