quinta-feira, fevereiro 27, 2014

amor#1

 

“De forma geral, os homens não sabem o que é amor, é um sentimento que lhes é totalmente estranho. Conhecem o desejo, o desejo sexual em estado bruto e a competição entre machos; e depois, muito mais tarde, já casados, chegam, chegavam antigamente, a sentir um certo reconhecimento pela companheira quando ela lhes tinha dado filhos, tinha mantido bem a casa e era boa cozinheira e boa amante - então chegavam a ter prazer por dormirem na mesma cama. Não era talvez o que as mulheres desejavam, talvez houvesse aí um mal-entendido, mas era um sentimento que podia ser muito forte - e mesmo quando eles sentiam uma excitação, aliás cada vez mais fraca, por esta ou aquela mulher, já não conseguiam literalmente viver sem a mulher e, se acontecia ela morrer, eles desatavam a beber e acabavam rapidamente, em geral uns meses bastavam. Os filhos, esses, representavam a transmissão de uma condição, de regras e de um património. Era evidentemente o que acontecia nas classes feudais, mas igualmente com os comerciantes, camponeses, artesãos, de forma geral com todos os grupos da sociedade. Hoje, nada disso existe.

As pessoas são assalariadas, locatárias, não têm nada para deixar aos filhos. Não têm nada para lhes ensinar, nem sequer sabem o que eles poderão vir a fazer; as regras que conheceram não serão de todo aplicáveis a eles, porque eles viverão num mundo completamente diferente. Aceitar a ideologia da mudança permanente significa aceitar que a vida de um homem está reduzida estritamente à sua existência individual e que as gerações passadas e futuras não têm, aos seus olhos, nenhuma importância.
É assim que nós vivemos, e ter um filho, hoje, para um homem, já não faz qualquer sentido. O caso das mulheres é diferente, porque elas continuam a sentir a necessidade de terem um ser que amem – o que não é, nem nunca foi, o caso dos homens. É um disparate acreditar que os homens também têm necessidade de acarinhar e de brincar com os filhos, de lhes fazer festinhas. Por mais que no-lo digam, é um disparate. Depois de nos termos divorciado e de o quadro familiar se ter desfeito, as relações com os filhos perdem o sentido. Um filho é uma armadilha que se fechou, é o inimigo que temos de continuar a manter e que vai acabar por nos enterrar.”


Michel Houellebecq, in 'As Partículas Elementares'

Não é que eu acredite nisto na sua totalidade… Mas a minha experiencia diz me que há uma grande possibilidade de alguns homens serem assim. Ás vezes digo que não quero ter filhos mas se por mero acaso tiver um, nunca seria assim. Isso posso eu garantir!

quarta-feira, fevereiro 26, 2014

vandalismo!#1

1669944_10152028834261840_907065356_o

terça-feira, fevereiro 25, 2014

Lifeforms

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Vrane Su Mu Popile Mozak

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

O Velhote

O homem, já de era idade, afundava-se no bando de jardim dia após dia. Sempre no mesmo banco olhava quem passava e ficava à escuta dos sons do jardim.

A sua volta diária era quase sempre a mesma. Saía de casa e virava à esquerda em direcção ao hotel.
O hotel era ainda mais velho que ele. Pintado de cor-de-rosa faz muitos anos, estava agora a cair em pedaços. Ao abandono era apenas frequêntado por agarrados em heroina tão sempre presentes na cidade. Aquele, em outrora tão belo hotel, caía mais em desgraça a cada dia que passava: "como os velhos..." pensava o homem. Nas traseiras do hotel, que viravam para casa deste personagem existiam três... talvez quatro palmeiras gigantescamente centenárias rodeadas de ervas daninhas quase da altura de um homem de pequena estatutra. Juro que em tempos vi lá uma raposa... Ou talvez um rato do tamanho de uma... prefiro pensar que era uma raposa...

Contornando a área do hotel quase até meio, junto aos muros improvisados, o homem seguia o seu caminho como habitualmente e no final do muro improvisado, começava um muro de pedra vermelho, situava-se, uma também, velha casa, também a cair, também no final desse muro de cor vermelha escura. Casa habitada, em alturas do dia, por futuros ébrios, "pertencia" a um clube de futebol. Em frente à casa, o homem atravessava a rua na passadeira já gasta e entrava no jardim.

Entrando por uma das inúmeras entradas principais, jardim que só quase tinha entradas principais, fazia sua primeira paragem junto aos campos de ténis apenas a ver os que jogavam, sem na realidade perceber nada do jogo em si. Olhava os miúdos que corriam para um lado e para o outro com as raquetas na mão... ficava ali. A olhar e a sentir o jardim. Juraria que se ali ficasse muito tempo poderia criar raízes.

Quando continuava o seu caminho detinha-se junto ao parque infantil. Em pé ficava a olhar os miúdos nos balouços... não sei o que pensava... não sou eu esse velho... mas se eu fosse esse velho, pensava na altura em que podia ser eu ali... nas alturas em que tinha estado em parques infantis a brincar nos balouços. A balouçar para cima e para baixo querendo apenas chegar ao céu com os meus pés esticados.

Pouco mais à frente encontrava se o pequeno lago. Havia, em alturas do ano, uns barcos neste lago. Todos os barcos tinha uma faixa de cor e todos tinha uma cor diferente. estavam atracados num pequeno cais onde se encontrava um senhor. Um senhor que guardava os barcos e as entradas dos inexperientes marujos e capitães. Era um homem de meia idade que, quase sempre, estava sentado na secretária na casa de apoio em frente ao pequeno cais. Trocava em alturas do dia palavras com o segurança do jardim. Esse tinha sempre um chapéu e uma farda impecavelmente limpa como se de um agente da autoridade se tratasse.... e era-o! Ali dentro do jardim, ele era a autoridade máxima...

Aqui o homem, sentava-se num banco, junto ao cais. Não junto à casa de apoio do lago mas sim num banco que se encontrava paralelamente junto ao cais. Quando esse banco se encontrava ocupado, seu poiso era o banco imediatamente ao lado. Os bancos eram compostos por duas tábuas de cor vermelha escura, em muitos casos, já se via o castanho da madeira nas tablas cruas e duras. Tinham uma estrutura trabalhada em preto que fazia a junção dessas duas tabuas. "qual é a ilha mais perto das caldas?" perguntava em tempos o homem... "a ilha do jardim!! " tem a sua certa razão visto que no meio do lago, estava um pedaço de terra rodeado de água por todos os lados. Isso se bem me lembro é a definição de ilha... Esse pedaço de terra era apenas usado pelos patos, cisnes e outros animais deste género que o parque tinha. Era o seu pequeno refúgio em que ninguém os importunaria. Como o jardim era para o homem. Sentado no banco junto ao lago, gastava o seu tempo. Usava-o apenas, usando-o sem qualquer pressa, mesmo sabendo que mais tarde ou mais cedo o tempo se iria esgotar e ser nada mais do que apenas outro tempo.

Os pombos acabavam por se juntar junto ao lago. Junto ao lago e em qualquer parte que pudessem. Este era um jardim cheiro de pombos... pertenci-lhes este espaço... conquistadores de milho ou pequenos pedaços de pão deixados no chão por ávidos alimentadores de pombos, defecadores de pequenos dejetos que, com toda a sorte, do mundo caíam por vezes em cima de pessoas. Estes eram uns dos donos deste jardim. O Homem, acabava sempre por seguir o seu caminho. O caminho rodeava o lago em quase toda a sua extensão. Ele seguia-o até um pequeno recanto de uma estrutura, outra, abandonada ao tempo e à sua mercê... Nesse recanto, encontrava-se um pequeno café... Talvez dos combates de guerra, ou dos bombeiros... Já se passaram tantos anos que não me lembro a que "organização" era aquele pequeno espaço. O homem bebia um copo de tinto  trocando dois dedos de conversa com os conhecidos que ali paravam...

Nunca permanecia nesse espaço mais do que o tempo necessário para que o seu pequeno caminhar não se demorasse... Continuando a circundar o lago, caminha, sempre ao mesmo ritmo de cabeça baixa. A cabeça não estava realmente baixa de cabisbaixo. Estava baixa devido ao peso das suas costas. A corcunda acentuada pelos anos, fazia a sua cabeça sucumbir ao peso da idade. Elas curvavam-se devido aos anos e anos e devido à genética... seu irmão tem ainda uma mesma corcunda igual, como a do Homem.
Enquanto fazia a segunda parte do percurso, por vezes fumava. Um ou outro Português azul, do maço comprado de antemão, acompanhavam-o nesta viagem já de retorno. Saia do jardim pela porta virada à estátua... por uma saída principal. Tão principal como as entradas... E dirigia-se a casa por um caminho diferente do que ali tinha chegado. Não pela parte do hotel mas sim pela loja de bicicletas, com um ar desarrumado e com um cheiro intenso a óleo era dirigida por um senhor com quilos a mais para a sua estatura. Chegando a casa depois do passeio solitário, sentava-se no sofá em frente à televisão e ali ficava até ser noite. Dia após dia, estes passeios repetidos à solidão do tempo, repetidos à espera que esse tempo se transformasse em final de tempo.

Os passeios passaram a ser mais espaçados, em dias, depois em semanas até que apenas passaram a ser passeios do quarto para a sala e da sala para o quarto. De frente da televisão até ao quarto escuro durante as longas horas de escuridão. Até que por fim... confinado a uma cama... todas as viagens tinham agora acabado... quase nem ao WC conseguia ir sem ajuda. Por fim, na cama de casa, penso que pensava em outrora, nas viagens e no caminhar até ao jardim... Penso que pensava no jardim!
Por fim, o Velhote chegava ao seu fim!

terça-feira, fevereiro 18, 2014

Unidos estaremos juntos! Relações: 1


Uma nobre verdade sobre as relações humanas é que nem sempre estamos juntos mesmo estando unidos. As duas coisas têm de acontecer em simultâneo porque não podem acontecer uma sem a outra. Se estivermos juntos podemos não estar unidos e vice versa! Enquanto a humanidade continuar a remar todos uns contra os outros em vez de todos para o mesmo sítio acabamos por nem nunca estarmos unidos ou juntos. Por isso digo que as duas tem de acontecer ao mesmo tempo e uma não sobrevive sem a outra! É justo poder dizer isto. Nas relações que temos a nível profissional acabamos por perceber bem isso. Estando juntos por vezes não estamos unidos... É verdade que acabamos por ser colegas de trabalho mas mesmo nessas situações, temos de estar unidos e com as falhas e erros de cada um podemos tentar ser melhores! Neste caso estou a falar de mim, de mim e dos meus erros porque aprendi que mesmo quando pensamos que não temos culpas no cartório acabamos por as ter. Mesmo que se trate de uma pequena dose de culpa que mal se note! Podemos não ser culpados pelas acções dos outros e por elas não temos de ser responsabilizados. Somos, porém, culpados das nossas reações e acções, actos, afins e outros em que diz respeito as relações interpessoais. Nas relações profissionais isso acaba por se tornar complexo devido a passarmos tanto tempo com pessoas que acabamos por nem considerar amigas, e por vezes nem conhecidas, e passarmos mais tempo com pessoas assim do que com os nossos amigos e familiares que realmente nos conhecem e com em temos relações baste mais intensas. Neste campo os colegas de trabalho tornam-se por vezes no maior poço de defeitos que temos memória. Por passarmos dia após dia com eles acabamos por não dar descanso ao nosso ser e quando há um problemazinho que não é falado ou prontamente resolvido acaba por se tornar num problemazão!

Transpondo isso para o meu posto de trabalho, tenho a impressão que as pessoas não passam de grandes crianças! Somos todos adultos, ou pelo menos aparentemente, em que "eles" (meus colegas) passam demasiado pouco tempo uns com os outros. Isto é, eu e o Grande Líder, somos quem mais tempo passa com eles e um com o outro e eles apenas poucos minutos diários. Isto é a a parte má e boa de um tipo de trabalho em que se passa pouco tempo uns com os outros. Talvez se passássemos mais tempo com os nossos colegas acabássemos por perceber que eles são bons e maus ao mesmo tempo e que poderíamos gostar mais deles e perceber que todas as pessoas são assim! No meu caso, que passo mais tempo com algumas pessoas, acabo por só ver os defeitos deles e não as qualidades.

Dia após dia os defeitos das pessoas acabam por se tornar em irritação... dia após dia de más atitudes e de situações que nos transtornam acabam por arranjar quezílias entre colegas e entre pessoas. Mais uma vez digo que quem comigo trabalha tem as suas razões de escolha para as minhas atitudes. Sei que sou bruto e tenho as ideias muito fixas... mas se as tenho é porque acho que estou a fazer o melhor para o meu local de trabalho e para o meu patrão! Sei porem, e sou acusado de troca tintas por isso, que quando não tenho razão e quando me mostram que estou ou posso estar errado nas coisas que penso e digo e aí, mudo de ideias e de pensamento para outro que me possam demonstrar que é melhor! Não sou de todo um tipo fechado a novas ideias e pensamentos... desde que me mostrem que não tenho razão!

Mas dia após dia com o mesmo tipo de atitudes que tem comigo e para comigo acabo por me fartar e tornar me irritado e ter os meus "ódios" de estimação. Acabo por fazer o meu trabalho mal e ser penoso para mim ir para um sitio que sempre adorei e um trabalho que sempre amei. Eu não gosto disso... gosto de ali trabalhar e de estar ali e fazer o que faço... mas por favor... gostava de um "Break" nas atitudes que têm e me deixem melhorar tanto em termos profissionais como em termos pessoais! Trata-se de estarmos unidos e juntos ao mesmo tempo. Já que não podemos estar sempre juntos peço que estejamos unidos para que possamos evoluir em termos de pessoas para que possamos também realizar um trabalho melhor e que seja saudável ali trabalhar. Todos temos contras e favores...

Mas temos de nos manter unidos para que possamos crescer juntos! E por não conseguir reagir da melhor maneira e de ser uma melhor pessoa sem isso peço desculpa perante as minhas reações acçoes perante as atitudes e acçoes dos outros!!
Namestê xxx

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

hmmmhmm?

Ape_skeletons

A coisa 2 :


A coisa entra e pede perdão, e tal. Isto, supostamente era para ser um texto como deve de ser. Com início, meio e fim. Mas como é, de todo meu hábito, começo pelo fim. Pelo que ainda não foi e que nunca poderá ser!
Tenho a dizer que já fui um bom rapaz. Já fui um bom rapazinho. Orgulho dos pais, o menino, filho e neto único dos avós, o menino acólito que não dava um paço sem pedir desculpa! Mas algures na transição de rapaz para homem perdi me. Não sei bem em que altura, mas isso aconteceu muitos que me conhecem dizem tratar-se de um problema psicológico criado aquando a separação dos meus pais, outros culpa a loucura ou o atrofio de personalidade em que nunca cresci. Outros dizem até que tenho problemas por resolver com o passado. E eu... Eu acho que sou um tipo quase normal. Apenas sou um tipo que m tempos foi boa pessoa e já não o é... fim Da história. Em tempos posso ter sido um bom projeto, mas hoje se calhar sou uma causa perdida par quase tudo. A não ser que meu na cabeça o contrário e me empenha à séria nas coisas a que me proponho acabo por sempre igual! Não quer dizer que não exista coisas que queira e goste mesmo...quer dizer dizer que na generalidade das situações acabo por não me empenhar e por deixar passar as oportunidades que deveria agarrar.

Estive a ver o filme Filth e só me conseguia rever nas acções do Bruce! Se bem que ele realmente tinha situações por resolver... talvez eu também tenha as minhas e só quando as resolver é que vou conseguir empenhar me a sério em tudo o que me empenhe! Nos entretantos disse a mim mesmo e ao Hugo que ia deixar de fumar e assim de repente estou a fumar ainda mais do que estava há um mês atrás. e o Que tem vocês a ver com isso?? acho que nada... este blog esta cada vez mais deprimente e só falo de eu eu eu eu ! Lá está, de longe a pessoa que queremos a ter um blog... eu antigamente tinha tantas coisas interessantes inteligentes para dizer e hoje em dia só me falta a coca para poder ficar igualzinho ao Bruce!
Então é assim que eu quero passar à frente do arrumadinho com o meu blog quase a entrar nas redes sociais? nop, assim não vou lá e o animal vai continuar a falar de coisas super interessantes como os sapatos da pipoca mais doce ou do filme que viu! (como eu acabei de fazer)Vá, estou eu aqui a denegrir a imagem de um tipo que não conheço e a quem eu li meia dúzia de merdas. Siga então para dois parágrafos atrás!
Não sou boa pessoas... não o sou. é verdade. Ou sou e sou um verdadeiro incompreendido! Talvez seja mais por ai! porque eu sou capaz de fazer as coisas mais belas e ao mesmo tempo as coisas mais nojentas de que há memoria. E ultimamente até consciência tenho! Talvez seja só um incompreendido. mais um como foram os grandes génios e os maiores criminosos. Todo o ser humano é capaz do melhor e do pior. Em todos existe o bom e o mau! E a verdade é que depois de uma ou outra coisa que me possa ter arrependido, existe sempre a outra face da moeda... a face em que tudo o que possas fazer de bom não anula o teu passado, nem te faz mudar o que fizeste. Podes sempre tentar de novo e fazer as coisas bem, corretamente mas depois... depois a quem temos alguma coisa que dever, acabam por ser elas a fazer ainda pior do que aquilo que criticam!

Te same rule apply:
to me !

Bom , passamos, como disse o MEC, demasiado tempo com a irritação... com esse sentimento em nós! muito mais tempo passamos irritados do com o que todos os outros sentimentos. Mas eu, se bem que me pode ser permitido, e com muita ousadia,confiro mais umas palavras a esse grande pensamento de um ainda maior senhor:
Grande parte das vezes que estamos irritados com alguma coisa, realmente tem a ver com situações do nosso passado. Não que diga só respeito ao nosso passado bem lá atrás, mas sim também ao nosso passado recente. Muitas vezes o mastigar da pastilha do nosso colega de trabalho só nos irrita porque nos maçou durante muitas vezes ao longo da semana passada, o beber água ou o estalar dos dedos de alguém só nos irrita porque isso é uma situação que durante todas as vezes que estamos com a pessoa ela faz o mesmo! A minha experiencia diz que muitas das situações de irritação nascem de situações constantes na nossa vida. Eu não me irritava tanto com a minha mãe se por acaso não vivesse com ela! Ou se ela me ouvisse ou se não estivesse a ter sempre o mesmo tipo de atitudes. Também não me irritava tanto com ela se deixasse de dar importância as coisas que não consigo controlar e com as coisas do passado que já não consigo mudar! Viver no presente tem dessas coisas... que é não deixar que as coisas que nos aborreceram em tempos se transformem em irritação. Viver e aceitar os erros dos outros é como tempos de agir para que possamos viver em paz! Claro, é fácil de falar... e longe de mim estar perto de conseguir este feito.. quero tentar muito conseguir perceber e aceitar os erros e defeitos dos outros mesmo que os outros não percebam o nosso lado e os nossos erros e falhas. Porque penso realmente que nos somos os outros! Somo-lo demasiadas vezes, mais vezes do que até podemos imaginar! Ora acho que podia fazer bem um curso em psicologia... talvez me conseguisse perceber mais a mim mesmo! Um texto que começa com os problemas do meu eu acabam por se tornar nos problemas dos meus outros eus , que são os outros!
No fundo ao encarar a vida desta forma e ver que tenho defeitos e quais são é uma boa maneira de os corrigir e de avançar para um outro nível, um estagio superior ao que me encontro neste momento e que sei que posso alcançar. Porque ao reler o texto e ver como e começou e como ele acabou, vejo que sou boa pessoa. Cheio de contradições e díspar na minha própria mente e neste texto de 10 linhas. mas mesmo diferente e caoticamente mentalmente, sei o agora que por muitos erros que tenha, estou no bom caminho, e que por mais erros que tenha, sou grande como ser humano com as atitudes boas que vou tendo pelo caminho.
namastê xxx



(P.S. : este texto não foi corrigido, por isso desculpa qualquer coisinha, e amanha vai voltar a minha irritação diária de ultimamente)

sábado, fevereiro 15, 2014

Se o....

Mas...
Talvez...
Porque....
E se...
E se estes falharem,
Ah fodasse!

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

e shiu!

Screen Shot 2014-01-23 at 9_44_38 AM

segunda-feira, fevereiro 10, 2014

inventem um título:

"Noite fora, as cenas passam umas depois das outras, o ar é cortante de tão quente que é. O ar não me deixa saborear o momento. Aquele momento, aquela noite deveria ser vivida como um todo e como a mais efeméride de todas as noites. inventem um título

Perco-me e reencontro-me para que possa continuar a percorrer a cidade, quero voltar aos cantos escuros que me mostraste em tempos. Esses cantos são hoje só mais recantos escuros. Em tempos, contigo, esses recantos eram passagens secretas e portais para uma realidade bem melhor do que a que nos encontrávamos. Hoje são só recantos escuros de uma cidade porca e sem vida.

Na altura, a cidade tinha vida. Tinha a vida que queria ver na vida da cidade… Porque via as coisas contigo. Acho que era isso. Era tudo tão mais bonito quando estavas ao meu lado. Minto ou propositadamente digo uma coisa que não é a verdade. As coisas não eram mais bonitas quando estavas ao meu lado. As coisas eram mais bonitas porque estavas ao meu lado. Ou porque talvez fosses o meu lado. O meu príncipe. O meu príncipe encantado que sempre me encantou, que me mostrava as portas para outro reino, aquele reino, com o seu cavalo encantado. Só me queria encantar ainda mais do que me já tinha encantado anteriormente esse meu príncipe. Queria e levar-me ao céu, através das estrelas pelas passagens secretas que só ele conhecia e que hoje eram cantos, eram cantos escuros da cidade porca e sem vida.

Estava sentada na cadeira do jardim da casa do meu irmão… estava frio! Já era de noite e sabia que ele não estava. Aproveitei-me de saber isso para me poder aproveitar do jardim dele. Ele tinha um jardim grande, bom, com relva e uns bancos de madeira, rentes ao chão, com umas almofadas bastante confortáveis. Tinha uma lareira no jardim junto aos bancos. Perguntei-lhe em tempos, “porque raio alguém tem uma lareira no jardim?” solta um suspiro e mete me a mão na cabeça e diz “um dia vais perceber maninha!”."

:::::

"um dia vais perceber maninha!" mal sabia que seria naquele mesmo dia em que perceberia. Era uma noite fria, gelada, mas o céu limpo fazia adivinhar a Via Láctea. Oríon seguro sorria para mim, e do outro lado Cassiopeia esplendorosa brilhava.

Não era só a cidade que tinha vida. Os recantos mais inabitados tinham vida contigo. Tu mostraste-me estrelas, estrelas cadentes, nunca tinha visto nenhuma senão contigo. E a primeira que vi, pedi-lhe um desejo! Que nunca nos separássemos! Era uma noite de Primavera, Outono talvez. Verão não era com certeza. E estrelas brilhavam como ondas rebentavam na praia.

Percorremos a cidade, ruas desertas, percorremos o deserto sempre em busca de algo mais. Algo mais que a felicidade momentânea de amantes que não sabiam o que esperar do dia seguinte, a não ser encontrarem-se novamente.  Era a única certeza que o amor nos dava.

Até que um dia, tudo o que restou foi aquela lareira no jardim. Ateei fogo como quem ateia paixão, sabia que podia ficar ali o tempo que quisesse. Até o fogo morrer. Dali podia observar todas as constelações e tentara prever o que elas tinham previsto para mim. Esse mundo desconhecido para além das fronteiras terrestres observava-me e eu sentira-me pequena, comparada com a tamanha imensidão do infinito. Eu senti-me como um ínfimo grão de areia, desprovido de poder, de vontade, de força de vontade. Apática. Eu simplesmente estava ali. Ao calor da lareira no chão.

E pedi forte à ordem universal que não me deixasse perder na sua imensidão.”

:::::

domingo, fevereiro 09, 2014

A vida pouco poética de um gafanhoto zarolho:

Pela tardinha, o gafanhoto zarolho, pulava alegremente debaixo de uma árvore. O sol não estava alto nem baixo. Estava a iluminar o gafanhoto zarolho em que o verde do seu esguio corpo era reflectido em ângulos estranhos naquela árvore. Por ser zarolho, nunca saltava a direito, sempre a tender para um dos lados. Esse esbelto gafanhoto que tinha o infortúnio de ser zarolho, não dava um salto bem… Ele tinha ficado zarolho há imenso tempo, com uma pequena pedra que tinha entrado para seu olho. Erro dele, nunca tinha tirado a pedra de dentro do olho. Por causa disso era então e agora, zarolho. Do mais zarolho que pode haver. Todas as tardinhas o esse gafanhoto saltava livremente torto junto àquela árvore.
Um dia, caiu um ramo em cima do gafanhoto zarolho e ele morreu!

sábado, fevereiro 08, 2014

sábado, fevereiro 01, 2014

A banana do warhol: