Discover the playlist Cover Sleeve with Coldfinger

“disarm you with a smile…”

 

“Sempre aquela pequena parte de mim te coube a ti! És o meu mais que tudo e o meu nada… sempre te disse que um dia te deixava. Que estupidez! Que estupidez essa a de eu te deixar… és o meu amor, a minha grande paixão. Aquele que sempre esteve lá. És o meu melhor amigo, o meu amante! E lá iria eu deixar-te? Aqueles dias passados no teu telhado a apanhar banhos de sol e a atirar os caroços das nêsperas para a estrada com movimento nulo. E que belas nêsperas… docinhas!!! Sempre foste o meu pai, a minha mãe, a minha família. Como te irritavas comigo quando não estudava… ou quando faltava ás aulas para estar contigo! Muito que me martelavas o juízo quando algo corria mal… Tu levavas-me ao médico, revias os meus textos, tu ensinavas-me, educavas-me! Como amo quando passeamos juntos pela baixa, de mão dada, sem que nada se meta no nosso caminho, sem que o mundo que corre corre ao nosso lado nos passasse á frente! Adoro as tuas maluquices nessa baixa… lembro-me de um dia de sol em que passeávamos por essas bandas, que começas-te a dizer “aí aí aí, doí me tanto” ficando de joelhos agarrado ao estomago e eu, preocupada fui ver… mais uma estupidez. Foi nesse dia que me pediste em casamento! Porque não te doía nada, ficaste de joelhos para poder tirar de dentro do casaco o anel… olhas-te me com aqueles olhos e perguntas-te timidamente como um miúdo que pede a miúda em namoro… “queres casar comigo?” E… e tinha tanto, tanto mais para dizer… Podia continuar aqui a contar histórias e mais histórias mas o que acontece… mas o que realmente aconteceu… foi que naquele dia, eu disse “sim”… disse não… naquele dia gritei bem alto para que toda a baixa soubesse SIM SIM SIM!!! E aqui estou eu…”

 

Quando Leonor acabou de dizer os votos, Bruno estava de lagrimas nos olhos…