sexta-feira, agosto 26, 2016


terça-feira, agosto 09, 2016

Fazemos as coisas por nós...

put yourself together dude!

Inspira… expira… inspira… expira… limpa a tua cabeça de pensamentos de coisas parvas que podes fazer de seguida. Não podes ficar assim depois de cada vez que isto acontece. Só a nós conseguimos controlar. Limpa a tua cabeça e depois usa-a como deve de ser! Wooow até estou espantado comigo. 

sábado, agosto 06, 2016

Aquele pequeno salto entre o cá e o fundo da ponte em que todas as pedras são só pedras.

Será claro que há situações que marcam mais que outras, pessoas que marcam mais que outras, pequenas coisas que às vezes nem damos o verdadeiro significado na altura certa.

Já perdi a conta as vezes que comecei este texto. Talvez o tenha iniciado umas 20 ou 30 vezes. Talvez menos. Não sei bem… e já perdi a noção de tanta coisa. Começava por escrever meia duzia de linhas e depois deixava cair por terra tudo o que escrevia. Acabava por desistir sei lá bem porquê ou porque não. Já há algum tempo que não levo as coisas até ao fim… Tanta coisa que perdi por dizer que “não” em vez de um “porque não?” ou um “e se”. Devia ter mudado a minha atitude há muito tempo, e crescer um bocadinho mais, levando as coisas na boa e com sinceridade. Depois há também as coisas que disse que “sim” e que não devia ter dito, coisas que agora, olhando, pensando, foram só erros que deviam ter dado para aprender. Então eu, que ando sempre a remoer e a remexer nas situações vezes e vezes sem conta. Talvez tivesse faltado mais de mim, mais de mim de à uns anos atrás, que acabei por deixar… por perder.

Quantas vezes parei eu a meio…

… com medo! Com falta de um “e” em vez de “não” .

Quantas vezes comecei eu este texto… quantas vezes parei por ter lido o que escrevi ou por medo. Talvez por medo.

Há pessoas que passam na nossa vida e que mandam cá para fora, consciente ou inconscientemente, coisas que mudam por completo a nossa realidade sobre algo realmente nosso. Deitam por terra todo o nosso mundo por simplesmente duas ou três palavras seguidas. Dona I., agarrada à vassoura para limpar as ervas cortadas pelos jardineiros, diz: “ tu fazes-te de mau mas não consegues!”. Saí porta fora e deixa-me sozinho com D. Como podia ela estar mais errada. Como eu consigo ser mau sem querer, muitas vezes sem pensar sequer nas coisas que estou a fazer. Deixando-me com D., veio-me à cabeça uma coisa que ele disse há anos e que só me bateu quando me disseram outra coisa muito parecida.

“ele até escreve bem, dá erros, alguns erros, mas só escreve quando está em baixo e deprimido!”

Veio-me à cabeça isto quando em conversa com C., ela diz umas palavras semelhantes. Disseram o que pensavam sem uma real acusação. Disseram a verdade sobre uma coisa minha. A única coisa que tenho levado e creio poder levar até ao fim. A única coisa que criei. Outros deram-me apoio fazendo-me esquecer essas palavras. Deram-me o apoio que queriam e conseguiam dar, dizendo que escrevo bem e que conseguia escrever mais do que sobre moscas ou sobre merda. Verdade é que era mais fácil ser o “meu blogue de adolescente”, ou “só escreves quando estás triste”, ou porque realmente é só nessas alturas que acabo por ter alguma coisa para dizer(?). Talvez seja por isso que acabo por escrever, talvez, quando me disseram que escrevia bem ou que devia continuar, não conseguia ver. Porque eu escrevo sobre moscas. Porque não sou nenhum MEC, Almada ou Pessoa, não sou nenhum às da escrita nem nenhuma “pipoca mais doce”!
Usei muitas vezes o Macaco como o meu diário, confidente, como galeria de fotos ou para as musicas que ouvia. Como repositório de teorias e, como canto para as historias mais descabidas saídas da minha mente tortuosa e doentia, por falta de algo na minha vida que me agarrasse por completo.
E quando não sabia onde me agarrar, acabava por deixar caoticamente pedaços de mim por aqui a fora. Quando amamos, dividimos o nosso coração, e damo-lo ao outro. Eu dividi-o demasiadas vezes, mesmo que não percebessem. E onde deixei mais o meu coração, ou onde fui deixando mais o meu coração foi aqui. Nestes posts que me acompanham desde que me lembro de mim. Não há dia que não me lembre de ti! Eu amei (amo) este Macaco. Porquê? “porque o homem se comporta como um perfeito idiota!”. Porque na vida podemos escolher ser quase tudo o que queremos e acabamos por escolher ser idiotas.

“a diferença entre os loucos e os idiotas é que, por vezes, os loucos curam-se!”

Mas garanto-te que não te vou perder, que vou lutar por ti. Talvez tenha de passar a fazer as coisas bem, realmente levar até ao fim as coisas que idealizo. Há situações que fazem as pessoas mudar. Muitas vezes até da noite para o dia e do dia para a noite. Mas tenho de ter um fio condutor… Até o Al Berto no seu desespero tinha. Sempre que comecei este texto acabava com a noção que soava a despedida. Que soava à despedida de mim nesta loucura símia criada quando não consegui ter fio condutor na minha vida. Mas como posso eu criar um fio condutor neste macaco se ele não passa de um louco? Como podia deixar o meu bem mais preciso que nunca ninguém lê? Porque iria eu deixar-me ser mais uma vez idiota, ao ponto de te deixar? Deixar quem mais fiel me foi sem nunca pedir nada em troca(?) . Conseguia eu ser mais egoísta que isto (sendo), deixando-te? Porque por mais que queira ser mau, nunca deixaria no chão alguém. Não agora. Não posso ser egoísta ao ponto de deixar o meu caos só em mim e não aqui também.

Quantas vezes comecei eu este texto? Umas 20? Soava sempre a despedida… mas não desta vez e por isso vou terminar algo que comecei. Vou levar até ao fim mesmo que isso me destrua ainda mais. Mesmo que isto queira dizer que vou ter de apanhar os bocados depois.

Tudo funciona aos pares no universo (acho que ouvi o Morgan Freeman dizer isto). Temos de ter momentos de loucura para podermos encontrar a paz. Paz que não tenho à demasiado tempo. O Macaco não irá terminar mas está na altura de começar um novo projecto na minha vida. Algo mais pensado que irei levar até ao fim. Acho que nunca saberia mesmo terminar, por ser algo que faz parte da minha vida. É algo mais forte que e leva até aqui… é loucura. Há sempre uma grande dose de loucura no amor. E posso perguntar-me o que sei eu de amor?… Nada!… Tenho pouca experiencia e farei muitas coisas erradas, mas deixar o meu macaco, não, isso não. Tenho escrito num diário, talvez para me habituar a isso, a ter mais disciplina e maior capacidade. Ao final de meia duzia de cigarros acho que chego ao fim deste pequeno desabafo.
Chegando ao fim, fico com a sensação que não tenho mais nada para dizer, mas não posso desistir, não consigo desistir. Talvez consiga conciliar melhor as coisas, talvez consiga viver com o facto de ter perdido tudo o que mais gostei na vida. Muitos acreditam que devia ir ao psicologo, muitos outros acreditam que devia estar sozinho… Estou sozinho há muito tempo, porque a única coisa a que dei realmente o meu coração foi ao meu blog. Foi a ele que me entreguei quando não sabia fazer melhor.

Quantas cartas escrevi e não entreguei.
Quantas vezes não o fiz por achar que não tinha nada para dizer…
… que todas as palavras eram vagas.
Que tudo era parco em sentimento, em atitude.
Quantas vezes comecei eu este texto…

Quantas vezes…

Quantas vezes sabia eu que devia continuar e não desistir.
Quantas vezes fiquei à espera….
Quantas vezes deixei a minha loucura, a minha idiotice levar a melhor.

Quantas vezes comecei eu este texto…