sábado, agosto 04, 2018

Gaivotas em terra...

As coisas vão acontecendo…  

este ano isto, aquele mês aquilo, o outro natal não-sei-que-mais e puff passaram assim uma dúzia de anos com dias, uns iguais aos outros, com um ou outro apontamento de maior a acontecer quando calha. E este ano parece que as coisas teimam em não correr lá muito bem...

Que tal para um texto por ano? Chegava ficar por aqui para poder deitar cá para fora o que se passa: Chegava!

Até porque se formos honestos, maior parte das coisas como que nos aborrecemos, não têm o mínimo de importância. Mas não é a vida um composto de pequenas coisas sem importância? Se calhar até é!
Há uns tempos estava a ler uns textos que tinha escrito para colocar aqui. Eram peças de literatura fantástica! Dignas de um Bob Dylan! (lá está, uma daquelas coisas sem significância de maior). Mas eram textos lindos (riso). Em suma : não havia uma merda de linha que se aproveitasse (e este está a ir pelo mesmo caminho) e primeiro pensei: “que merda é esta?”; depois disse : “fodasse!”. Para perceberem a velocidade de raciocínio, entre uma coisa e outra, comi uma bolacha enquanto não se passava rigorosamente nada na minha cabeça! (esta é a parte em quem me conhece sabe que, se calhar, isto que estou a escrever não é verdade).

Então porque é que eu não os publiquei? Nem eu sei… talvez por pensar que se calhar não fazia sentido! Não haveria de ser assim tão importante estar a escrever sobre as moscas do oeste ou sobre lixo (Nota para o futuro eu: escrever sobre lixo) . Mas também não os apaguei. ‘Estranho’, diz II. Então, agora, que pensei sobre isso, talvez essas baboseiras tivessem sentido. Não o sentido que as conhecemos mas talvez de um modo que não conseguimos explicar. Talvez não devesse deixar morrer o adolescente que há em mim! Mas agora devia mesmo começar a pensar nas merdas que faço (nota para o futuro eu: andas a dizer isto há demasiado tempo e não fazes rigorosamente nada para mudar as merdas que sabes que podem vir a acontecer derivadas de não pensares como-deve-de-ser nas merdas).

Então e este texto é para que? Mais uma quantidade enorme de porcaria sem jeito nenhum, confusa, sem fio condutor, sem plano, sem futuro, sem uma vontade maior que me leve a algum lado. Exacto : até agora, este texto não é rigorosamente nada. E talvez seja disso que preciso: mais uns quantos “nadas”.

Para o “prestige” : 

Hoje devia ser um dia feliz para mim. Não é todos os dias que se faz uma coisa que realmente queria. Juro que o que mais gostava era de estar mesmo feliz! É um dia importante, um dia que devia expugnar a minha alegria e contagiar todos em meu redor com uma aura de paz, harmonia e felicidade… e aparentemente não parece que isso tenha acontecido. Se calhar querer uma coisa sem um plano não passa de uma parvoíce, de uma coisa sem jeito. É tão fácil querer… difícil é crer. E eu, as vezes nem uma coisa nem outra!

Este texto foi começado a escrever no dia 1 de agosto mas só hoje o terminei. Acho que foi preciso perder a calma para ter a calma de poder voltar a escrever e acabar alguma coisa que tinha começado.
Há alturas do ano que nos são mais difíceis e outras mais fáceis… apesar de ter querido muito uma coisa e de estar feita, acabo por não a usufruir na totalidade. Faltam algumas peças que nunca poderão estar presentes nas alturas que nos devíamos sentir realizados. Enfim… de que vale pensar nisso?

Durante meses pensei o que fazer com este blog.

Deixa-lo ficar num momento no tempo? – num post qualquer no dia do meu aniversário e nunca mais abrir a sua pagina. Isto era impossível… um dia ia voltar a escrever (riso)

Apaga-lo “ad aeternum”? – mais impossível ainda.

Em suma: desistir está fora de órbita.

Então o que fazer? Decisões, decisões, decisões… tão bom que sou nesse campo. Então o que fazer?
Resposta: fazer um texto no dia um de agosto para expulsar a dor pelas pontas dos dedos, respirar fundo e focar-me. Criar, modificar, imaginar, sonhar, trabalhar e … “trata-lo bem!”

Estes foram uns dias difíceis, foram! Estes vão ser dias difíceis…. Mas há coisas que nunca vão mudar.

Parabéns atrasados.

Namastê
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