sexta-feira, dezembro 06, 2019

levante de uma coisa que não sei se é possível

Se vamos fazer isto mais vale fazê-lo como deve ser:

Ao longo dos anos fui deixando de parte a minha vertente do Macaco. Não escrevo bem, escrevo o que sinto. Com o passar dos tempos fui perdendo parte de mim, parte de sentir que podia deixar-me sentir.

Primeiro gostava de expressar o meu pesar por ter passado tanto tempo sem escrever. Tenho os meus cadernos e “tal”, mas o meu Macaco perdeu-se. Perdeu-se para um sítio que devia há muito estar mas que sempre lutei para que permanecesse junto a mim. Talvez por isso fui deixando ficar… à espera que um dia ele voltasse a ser meu. Sim, perdi o Macaco para as florestas onde a Jane andou. Para longe… sim, o Macaco deixou de ser meu. Em boa verdade, talvez nunca o tenha sido, mas agora foi só mais duro. Deixei cair do pano e as três pancadas iniciais ficaram longe de voltar a bater no chão de madeira. 

Talvez devesse pedir desculpa. Mais uma vez… no fundo sempre fui o máximo a arranjar desculpas. Agora parece que cada vez que falo de alguma coisa tenho a necessidade de pedir desculpa. Parece que há sempre alguma coisa de errado a acontecer e eu sinto-me culpado. 

Mas o estar a escrever novamente é um motivo para pensar que posso recuperar a minha autoestima e que o posso fazer sem pisar ninguém, sem ser o bruto e idiota do costume. É uma aprendizagem diária para combater os vícios que a minha mente criou em anos de existência. 

Para finalizar, não te deixarei morrer símio. O nosso Macaco não vai morrer… vai sobrevier a tudo e a todos e por mais que se perca nas selvas deste mundo, acabará por ressurgir, talvez, quem sabe, como homem… um dia.
Desculpa 

Parece que, no final acaba tudo bem..., mas se não está tudo bem então ainda não é o final e como alguém me disse em tempos,

Deixa-te ser! 

X|II

Sem comentários: